terça-feira, 31 de agosto de 2010

Mais coisas pelo que viver...

Vocês conhecem a minha lista de coisas pelas quais vale a pena viver. Na verdade, é engraçado fazer uma lista desta afinal, se eu parar pra pensar existem tantos motivos pra viver que seriam até incontáveis ( engraçado escrever isso hoje, acredito piamente no que acabo de dizer, mas hoje não é um dos meus dias mais otimistas).
Passei esse fim de semana com amigos antigos, comemorando o aniversário de um ano do bebê mais fofo, lindo e bonzinho do universo ( coruja eu? Imagina!). É engraçado ver a todos nós tão crescidos e ver como a realidade de alguns dos meus amigos é tão diferente da minha atualmente, mas por algum motivo, estar lá e ver como todos estamos agora me encheu de sentimentos muito contraditórios: paz e urgência.
Paz porque eu estava entre pessoas muito queridas, principalmente a família do Dê e a Lud, pessoas que me lembram que felicidade existe e é sim muito simples feita de momentos que às vezes, quando a gente tenta explicar como foram parecem banais, mas que a gente lembra pra sempre. A paz vem também pela sensação de que compartilhamos um passsado e bem ou mal, de um jeito ou de outro, todos parecemos estar realizando os nossos sonhos. Estamos nos tornando quem deveríamos ser.
A urgência por outro lado, é essa minha ansiedade pra sentir que também estou indo pra frente. Eu quero muitas coisas e não sei quanto mais terei que esperar por elas. Isso dói. Vou mais uma vez começar um processo de mudança, um que eu realmente não sei no que vai dar, pra mim, que sempre soube qual seria meu próximo passo, é complicado, por mais que eu sempre acredite ( e isso é verdade) que tudo dá certo no final.
Acreditar, amar muito alguém ( ou no meu caso vários alguéns) e continuar com essa minha fé teimosa, mesmo que por vezes desesperada, esses também são bons motivos pra viver.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Melhor ouvir isso do que ser surda, eu acho...

Tiririca está concorrendo a deputado... Só esta frase já seria absurda o suficiente, mas ... a campanha eleitoral do digníssimo senhor é a seguinte:

" Você sabe o que faz um deputado? Eu também não, vote em mim que eu te conto! Porque pior do que está não pode ficar."

( pausa para um longo suspiro, seguido por alguns gritos e depois mais um suspiro)

Pode Sr. Tiririca, pode ficar pior sim, aliás se anos assitindo Scooby Doo me ensinaram alguma coisa foi que não se pode nunca dizer que pelo menos as coisas não podem piorar.

E sabem o que mais? Tenho certeza que ele vai ganhar.

Pode, não pode....

Quando eu estava trabalhando ( pausa para um longo suspiro) lá no Brás, ficava o dia todo com mais duas ou três meninas, geralmente éramos eu, a Patrícia que também era consultora de moda e mais duas meninas que trabalhavam lá no shopping ( mudava com uma certa regularidade, porque o horário delas era diferente do nosso).
O certo é que pra passar o dia, a gente conversava bastante ( embora os nossos chefes pregassem a idéia de silêncio sepulcral e absoluto como sinônimo de eficiência no trabalho) e falávamos bastante de relacionamento, pois a maioria de nós namorava.
Nessas conversas, algumas coisas eu ficava sem entender, do tipo: " Ai, o Fulano é tão chato, não vejo a hora de terminar", ou, " Eu não gosto dele, mas ele gosta de mim, então vamos morar juntos" . Sei lá, eu já disse, essa minha criação com padrões irreais de felicidade me torna meio anormal, deve ser...
Mas o que mais me deixava besta eram os " Não posso fazer/ usar tal coisa que eu adoro porque o Fulano não deixa". Eu também não entendia o contrário, não deixar o namorado fazer algo que ele gosta porque ele tá namorando.
O pior de tudo é que eu vejo que essa é a norma. As pessoas se surpreendem quando eu digo que saio sozinha, ou que o Camilo sai sozinho, acham estranho eu ir até a um prosaico cinema sozinha, não entendem porque ele não regula minhas roupas....
Sábado passado, ele veio dormir aqui em casa. Estávamos conversando sobre o meu cabelo ( ele PEDIU pra eu não escurecer o cabelo como eu quero fazer, estou pensando), falamos sobre casamento, sobre como algumas meninas que eu conheço não usam um modelo de vestido ou véu porque o noivo não gosta e eu perguntei:
" Tem alguma coisa que você não ia querer que eu usasse? ( não que eu fosse deixar de usar se quisesse mesmo, aliás conhecendo o Cá, ele não pediria pra eu não usar algo que eu gostasse, foi mais pra ver se tinha algo que ele achava feio)
- Tem - ele respondeu, sério.
- O que?
- Cocaína"

Entendem porque eu adoro esse moço?

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Engraçado como as coisas acontecem...

Você simplesmente ama.
Talvez exista sim, o momento em que você escolhe amar alguém, não sei, mas depois da escolha é fácil ( quando a pessoa é assim, tão fácil de se amar) você ama.
As coisas então se tornam bem simples, você encontra uma paz enorme naquele que ama e quer ser essa paz pra ele também e com ele vem um monte de coisas e pessoas novas, que primeiro você ama porque são parte dele e depois você percebe que são parte de você também.
Engraçado como pequenas coisas se tornam tão importantes. Tão mais importantes do que enormes gestos. Engraçado como o outro se torna parte de cada ação do seu dia a dia e por isso, o seu dia a dia é mais especial.
Eu te amo. O tempo todo.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Pra completar o post aí embaixo






Pode ser um desses também, eu não tenho preferência

Ok eu me rendo

Quem me conhece sabe que eu não sou muito ligada em jóias. Aliás, quando eu era adolescente minha mãe as vendia e uma vez no meu aniversário abriu o mostruário e me mandou escolher, pra desespero das minha amigas eu não escolhi nada. Não combinava comigo.
Adoro sim uma biju, até porque dá pra andar com mais tranquilidade por aí e eu não tenho cacife pra comprar pedras enormes ou colares de várias voltas como eu gosto que não sejam de prosaico acrílico ou vidro. Fico feliz com as minhas "fantasias", mesmo elas sendo de camelô ou lojinha de bairro.
Mas aí...
Aí a HStern resolveu lançar uma coleção baseada em Alice no país das Maravilhas.... E eu me apaixonei perdidamente... E é claro, cada anel custa valores astronômicos, porque do jeito que eu sou, eu não posso simplesmente gostar de UMA jóia, não isso seria fácil demais eu tenho que gostar de coisas que tem valores enomes até se comparadas a outras jóias....
Se alguém ganhar subitamente na loteria e quiser me dar um presente...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Avós

Minha vó era uma mulher muito simples. Aprendeu a ler depois de adulta, assim como meu avô, quem ensinou foi minha mãe e até ela morrer a letra era assim, bem infantil e difícil de ler, as coisas misturando o som das palavras em português e em italiano.
Uma das lembranças que eu tenho mais fortes dela é de um pratinho que ela me deu, com desenho do Meu querido Poney, eu devia ter uns 7 ou 8 anos e vinha com um bilhetinho " Cacá. Gosto muito de você. Sua vó"
Sempre fico pensando na mulher forte que ela era, mesmo aos 99 anos, que foi a idade com que ela morreu. Cozinhava até os 98. Ia na feira sozinha ( ela parou depois de tomar um tombo, meus tios não deixaram mais). Fico pensando também em como ela me aceitou como neta, afinal, eu era uma criança negra que ela sabia não ser filha da filha dela ( acho que todo mundo aqui sabe que eu fui adotada). Eu era neta dela. Igual a todos os (muitos) outros netos. Nunca fui chamada de "de criação" ( odeio quando as pessoas falam isso). Era só saber que ia na casa dela e lá ela ia fazer polenta ( fez isso até na última vez que nos vimos, quando ela já tinha 98). Era por ela que nos juntávamos todo o natal, a madeireira do meu tio cheia de gente. Tudo por causa daquela pequena senhora que era um símbolo tão enorme da minha família.
Ela gostou do Camilo, embora não tenha entendido como um alemão podia gostar de polenta. E me fez tão feliz quando me disse: " É, filha, das veis é bom misturá as raça".
Tem quase sete anos que ela foi embora, no dia do meu aniversário e posso percebê - la perto de mim muitas vezes.
Deus me deu outra avó. Uma Oma, que também me aceitou e me fez parte da família dela. Que me deu de presente um colar que o Opa trouxe pra ela, que também fica feliz em me ver e que é imensamente amada, principalmente pelo homem que eu amo.
A Oma está doente. Não sei bem o que pedir pra Deus nesse momento. Só sei que quero que ela fique bem e que ele fique bem também, sei que quero agradecer por ela ter me tornado da família dela, que gostaria que ela soubesse que a amo muito e que ela não precisa me pedir desculpas por me dar um colar dela ao invés de um presente novo no natal, porque o colar vale mais que qualquer coisa. Quero agradecer a ela pelo homem que o neto dela é, porque ela é parte disso.
Obrigada. Danke schon.

Música pra essa semana

Volte para o seu lar. - Marisa Monte

Aqui nessa casa ninguém quer a sua boa educação
Nos dias que tem comida, comemos comida com a mão
E quando a polícia, a doença, a distância ou alguma discussão
Nos separam de um irmão,
Sentimos que nunca acaba de caber mais dor no coração
Mas não choramos a toa
Não choramos a toa.

Aqui nessa tribo ninguém quer a sua catequização
Falamos a sua língua, mas não entendemos seu sermão
Nós rimos alto, bebemos e falamos palavrão
Mas não sorrimos a toa.
Não sorrimos a toa

Aqui nesse barco ninguém quer a sua orientação
Não temos perspectiva, mas o vento nos dá a direçao
A vida que vai a deriva é a nossa conduçao
Mas não seguimos a toa.
Não seguimos a toa.

Volte para o seu lar..
Volte para lá!

Em uma nota não relacionada, meus ingressos pro show do Bon Jovi estão comprados!!!!!!!!
Dia 6 de outubro estaremos lá, se Deus quiser!!!!!!!!!!!