terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Hoje percebi que...

Primeiro: vou mesmo demais ao Starbucks e sou mesmo viciada em muffin de blueberry, afinal hoje nem precisei pedir, a moça do caixa me reconheceu e quase acertou meu pedido inteiro. Enfim, como vou passar quase cinco longos e tenebrosos meses sem nem poder chegar perto do meu vício favorito, tinha que me despedir.

Segundo: Embora eu ame Lino Vilaventura e Ronaldo Fraga, se eu fosse estilista seria a Glória Coelho. (Assunto a ser melhor explicado mais tarde, ou não.)

Terceiro: Sou mesmo empolgada, esperançosa e um pouquinho obsessiva ( mesmo com o post aí debaixo).

Quarto: Livro americanos de moda são bem mais baratos (no site da editora). Pena que eu não tenho cartão internacional.

Foi um bom dia.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Feito conta - gotas

Uma das torturas chinesas (reza a lenda) era deixar o prisioneiro por dias e dias escutando uma gota que caia, sempre o mesmo barulhinho, como gota da torneira batendo na pia de madrugada.
O desespero é assim, uma torneira pingando sem parar. Mesmo quando a gente acha que acabou, mesmo quando pensa que se acostuma ele está lá, gotinha depois de gotinha, sem pressa nenhuma de transbordar.
O pior, é quando não dá pra dizer porque ele continua.

domingo, 13 de janeiro de 2008

O que me alimenta também me destrói

Esta frase ( ou mais ou menos isso ) está escrito na barriga da atriz Angelina Jolie. Eu já sabia disso, mas só parei para pensar mais no significado dela quando vi a atriz mencionar sua tatuagem no programa Inside the Actors Studio.
Fora o que podemos pensar de óbvio, afinal comer demais nunca é bom e eu só escolhi este post porque amanhã começo uma dieta, fico pensando em outras coisas que nós alimentamos ( ou que nos alimentam) até a destruição. Eu sou muito boa em alimentar minha tristezas e me alimentar delas, torná - las enormes e desesperadoras como os monstros que a gente imagina quando é criança, hoje em dia acho que não alimentarei mais nenhuma tristeza até quase me destruir, mas é como se fosse o tratamento de um vício, a recaída está sempre próxima, o bom é que cada vez que me levanto, penso que consigo escapar melhor das armadilhas que eu mesma crio.
" Todo o desejo é um desejo de morte" , diz um dos meus livros favoritos. A coisa maior que nos empurra pra frente, a vontade, acaba nos levando à frustração e à raiva quando não sabemos com lidar com a sua não realização. OK, estou ficando um pouco sombria demais, a vontade ou o desejo também podem nos levar a mudanças ou a felicidade, mas falo da parte ruim porque cada vez mais, com o desejo de sermos mais bem resolvidos, nos tornamos mais anestesiados, se o que seria bom é nos alimentarmos de coisa boas, a negação das ruins nos torna cada vez menos preparados para enfrentá - las. Todo mundo vai sofrer, e isso é bom, mas como descobrir quando parar de alimentar o sofrimento sem alimentar a negação? Seremos sempre desmotivados ou ambiciosos demais, condenados a não achar o meio termo?
Quando afinal podemos dizer " já basta, estou satisfeito", quando nos sentimos realmente plenos ou bem alimentados? Ou será que somos feitos mesmo para querer sempre mais, comendo sempre mais até explodirmos ou acabarmos com tudo?
Eu não tenho respostas, continuo alimentando sentimentos que me envenenam, querendo roupas novas, achando que não sou o bastante, me frustrando quando as coisas dão errado. É exaustivo, mas de alguma maneira consolador. Me ajuda a lembrar que sou humana.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Hoje é dia

Começa hoje o Fashion Rio . Moda tem se tornado um vício cada vez maior pra mim, mesmo que seja só como observadora, afinal a maioria das coisas têm um preço tão absurdo que se tornam apenas sonhos de consumo distantes, mas já me tornei boa em encontrar coisas legais em lugares baratos e depois de muitas visitas a blogs de moda, cheguei a conclusão que eu queria mesmo era o guarda roupa de algumas meninas japonesas.
Eu sei que as francesas e nova- yorquinas são estilosas e ditam moda no mundo todo, e concordo, mas foi olhando um blog de moda de rua japonês que eu encontrei os looks mais legais, daqueles que parecem não ter exigido o menor esforço, cheios de originalidade e o que é melhor que deixam as pessoas interessantes e me dão vontade de conhecê - las. E não só as meninas, tem muitos garotos bem vestidos sem parecerem caricaturas.
Há uns dois meses, por causa de um trabalho, comecei a pesquisar moda japonesa, principalmente movimentos como gothic loli, que já me interessavam mas dos quais eu não sabia absolutamente nada e adorei a idéia de que alguém possa ser tão radical com o próprio senso de estilo. Se eu gosto ou usaria ou não, já é outra história ( não usaria um look completo, mas misturaria muitas coisas com peças mais clássicas).
Eu não sei se sou uma pessoa fashion ( nem se gostaria de ser), mas gosto de coisas diferentes e se possíveis baratas, de qualquer modo, me divirto muito com o burburinho todo que causam as semanas de moda. Se não posso ter o original, posso dar um espiada e aproveitar as fotos pra levar até a costureira mais próxima . Fica muito mais exclusivo.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Sobre o óbvio

Bom, como hoje é meu primeiro dia como blogueira e eu estou empolgada, não dá para começar com apenas um texto, então como sou muito original resolvi escrever sobre ...blogs.

Um blog é um diário virtual, o que já começa um pouco estranho, afinal eu me lembro dos meus primeiros diários, caderninhos com cadeado e tudo, era um catástrofe se alguém lesse. Diário era secreto, ficava escondido de todo mundo ( perdi um de tão bem que eu escondi) e apenas a melhor amiga podia ler, uma ou duas páginas no máximo.

Escrever um blog é um enorme ato de vaidade, afinal, o sigilo não tem a menos graça, a idéia é que as pessoas leiam e mais do que isso comentem que assim nossa carência fica bem alimentada. Todos os dias alguém vai acessar nosso diário com a enorme esperança de que tenhamos escrito um pouco mais, seja porque escrevemos muito bem, somos engraçados ou temos uma visão de mundo tão nova, ou tão brilhante que alguém vai querer compartilhá - la, mesmo que seja a visão sobre a última ida ao supermercado ou o caos do engarrafamento.

No meu caso de escritora frustrada, a idéia é essa mesmo, afinal já que não consegui criar histórias interessantes, escrevo a minha, assim aos pouquinhos, mesmo sabendo que no final quem vai ler são os amigos, e que bom, assim não tenho que lidar com críticas, só com comentários.

E existem sim blogs que eu acesso sempre com essa esperança de algo novo pra ler. Blogs de pessoas que eu conheço e adoro e de gente que eu nunca vi e que escreve bem sobre as coisas mais óbvias ( ou não). Só pra sentir que alguém mais pensa como eu, ou vive as mesmas coisas, só pra compartilhar um pouquinho e se sentir mais normal, só pra reconhecer alguém querido que escreve do mesmo jeito que fala e além de tudo dar umas boas risadas.

Bom, nem todo mundo pode ter um livro de memórias, mas todo mundo pode escrever um blog.

Aqui estamos nós

Bem, aqui estamos, minha segunda tentativa de criar um blog ( o primeiro ninguém viu, nem eu). Na verdade acho que é mais uma tentativa de preencher minha noites de insônia... enfim, caso algém resolva ler, espero que desta vez eu realmente escreva alguma coisa e que vocês se divirtam.